
Em Candelária, momento é de expansão no setor industrial
"Confesso que estou entusiasmado. Não acreditava que conseguiríamos tanto em tão pouco tempo". Com essa frase, o secretário municipal de Indústria, Comércio e Habitação, Ilo Moraes, avaliou ontem, 23, a expansão verificada no setor industrial de Candelária. À frente da Pasta há pouco mais de um ano, ele foi responsável pela atração de novas frentes de trabalho para o município. Até o momento, mais de 170 empregos foram gerados - número que poderá duplicar nos próximos meses com a expansão das indústrias já instaladas e com a vinda de outros investidores.
As projeções são ainda mais animadoras porque a qualquer momento, garante Moraes, a comunidade poderá receber outras notícias sobre o segmento. "As novidades vão prosseguir. Estamos contatando mais empresas de fora e em breve deveremos ter mais emprego para a comunidade". Os resultados obtidos no período são atribuídos, em parte, à experiência de Moraes no ramo empresarial. "Há mais de 20 anos atuo como empresário do ramo de confecções. Isso me possibilitou fazer inúmeros contatos com profissionais da área. Sei como funciona uma empresa, do que um investidor precisa", disse, ao justificar como exemplos os incentivos fiscais e físicos que a prefeitura ofereceu quando da instalação de algumas indústrias.
Em entrevista à Folha, o secretário disse que as negociações são feitas com o propósito de gerar emprego e renda à comunidade candelariense. Vale ressaltar como benefício, além desses, a geração de impostos, que constitui a base do orçamento do município. Nos últimos cinco anos, por exemplo, após a instalação de uma unidade da Gazin no município, o bolo orçamentário simplesmente duplicou, passando de R$ 26,3 milhões em 2007 para R$ 44,5 milhões em 2011. Entre as indústrias atraídas no último ano e que estão em atividade em Candelária, Moraes cita três ateliês calçadistas - dois da cidade de Campo Bom e outro de Parobé (68 empregos no total); uma picadeira e empacotadora de fumo (12 empregos); uma fundição - da família Hoffmann, de Cachoeira (39 empregos); uma metalúrgica (29 empregos); e a fábrica de concretos Trevisan (25 empregos). A previsão é de que o número de empregos aumente em breve, uma vez que a metalúrgica Sul Tecnologia, de propriedade de João Horácio Colaço Batista, sinalizou a contratação de até 60 pessoas num período de dois meses. Somam-se ainda os empregos que serão gerados quando do início das atividades da usina de bloquetos de concreto e da fábrica Taperapuan Calçados, de Parobé.
FUTURO - Para o futuro, a meta é criar um Distrito Industrial para abrigar outras empresas. Nesse sentido, o secretário municipal de Indústria, Comércio e Habitação, Ilo Moraes, observa que já foi encaminhado para apreciação da Câmara de Vereadores o projeto que prevê a compra de uma área de terra de oito hectares, localizada na Linha Facão, às margens da RSC 287. A previsão de Moraes era de que a matéria fosse apreciada na sessão de ontem ou então já nas próximas. Segundo ele, o investimento previsto é de R$ 172 mil. "Assim que a prefeitura receber o aval da Câmara para efetivar a compra, será iniciado o processo de urbanização da área em parceria com a secretaria estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. O município vai entrar com a licença prévia junto à Fepam. O restante das licenças e da urbanização caberá ao Estado", afirmou. E não para por aí. "O projeto para a área industrial é de uma área de 20 hectares para a abertura de lotes de até 5.000m². O primeiro passo foi dado. O objetivo é comprar outros 12 hectares no futuro", concluiu.
Saiba mais
Novas indústrias e Empregos gerados
3 ateliês de calçados - 68
1 picadeira e empacotadora de fumo - 12
1 fundição - 39
1 metalúrgica - 29
1 fábrica de concretos - 25
1 fábrica de bloquetos de cimento * -
1 fábrica de calçados * -
* Em fase de instalação
Fonte:Folha de Candelaria