
Seminário aborda os dinos em linguagem simples
Assim como pode tornar sólido e confirmar a qualidade de um filme através dos anos, o tempo tem a capacidade de encobrir fatos enquanto o homem tem prazer ao descobri-los. Lançado em 1993, o filme Jurassic Park, do cineasta Steven Spielberg, prometia ser um marco no campo dos efeitos digitais. Muito além disso, se tornou febre mundial ao trazer à tona uma paixão quase que unânime de povos de todo o mundo: os dinossauros. Atualmente, a novela Morde & Assopra, da rede Globo, tem como um dos temas esta ciência que estuda a vida na terra através dos fósseis, que está a cada dia mais presente em nosso cotidiano, seja na ficção ou em salas de aula.
Como Candelária é considerada um berço dos dinos, em comemoração aos 10 anos da Rádio Triângulo, a emissora, em parceria com o Museu Aristides Carlos Rodrigues desenvolverá em Candelária o seminário "Dinossauros e Outros Animais do Passado", que acontecerá no dia 27 de maio, às 9h, no Clube Rio Branco. O foco principal deste evento é transformar um assunto científico complexo em uma linguagem compreensível e simples, estabelecendo uma conexão entre a pesquisa científica e o público-alvo, principalmente estudantes do município, a comunidade acadêmica da região e apreciadores da paleontologia de Candelária e municípios vizinhos. Estarão palestrando no evento cinco professores-doutores, cientistas que estudam os fósseis para investigar como eram os organismos e os ecossistemas do passado da Terra: Ana Maria Ribeiro, da Fundação Zoobotânica; Átila da Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria; César Schultz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Marina Bento Soares, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Roberto Iannuzzi, da Sociedade Brasileira de Paleontologia (veja os temas no box).
Para o curador do museu Aristides Carlos Rodrigues, Carlos Rodrigues, esta é uma ótima oportunidade para a sociedade saber sobre a vida dos dinossauros e os conhecimentos que são produzidos por seus pesquisadores. Restos de animais mortos - a quem a natureza deu formatos e tamanhos bem diferentes, tudo para ajustá-los às condições de vida do planeta - que foram preservados nas rochas durante os anos de evolução da terra e que são estudados pelos cientistas que tentam desvendar como era a vida daquela espécie e do lugar em que eles moravam, poderão ser conferidos de perto durante o seminário.
Para Carlos, o seminário vem firmar a posição de seriedade do Museu na área da preservação do patrimônio, além de contribuir para a comunidade científica, ao realizar intercâmbios com os fósseis encontrados em solo candelariense. "Já em relação à comunidade escolar, desempenha importante papel ao auxiliar professores e alunos na disseminação da paleontologia, por entender que o estudo dos fósseis mistura conhecimentos em biologia, física, química, geografia, entre outras matérias curriculares", observa. O que se pode adiantar, é que o seminário não terá os efeitos especiais do filmes de Spielberg e também não trata-se de ficcção, é a mais pura comprovação científica com o aval de cientistas renomados no Brasil inteiro, e cujo investimento custa apenas R$ 10,00.
Os palestrantes e as palestras
>> Os mamíferos fósseis do Rio Grande do Sul
Prof. Dra. Ana Maria Ribeiro
>> Da geleira do deserto às transformações geológicas do passado do Rio Grande do Sul
Prof. Dr. Átila da Rosa
>> O Triássico na região central do Rio Grande do Sul
Prof. Dr. César Schultz
>> A Paleontologia na sala de aula
Prof. Dra. Marina Bento Soares
>> A importância da paleontologia na área do conhecimento
Prof. Dr. Roberto Iannuzzi
Fonte:Folha de Candelaria