Prefeitos pregam atenç?o total para Vale do Rio Pardo evitar bandeira vermelha na próxima semana
Presidente da AMVARP e prefeito de Candelária prega atenç?o
A Associaç?o dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) realizaram uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 22, para analisar a mudança da bandeira amarela para laranja na regi?o. Participaram o presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge, o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, e a coordenadora da 13? Coordenadoria Regional de Saúde (13? CRS), Mariluci Reis.
A partir desta terça-feira, o Vale do Rio Pardo passa a ser classificado como bandeira laranja, o que significa um risco alto de contaminaç?o pelo coronavírus e o agravamento na ocupaç?o hospitalar nos leitos comuns e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em virtude da Covid-19. Os gestores demonstraram preocupaç?o com a situaç?o, e a necessidade da regi?o estar atenta para evitar o agravamento, e uma possível mudança para bandeira vermelha.
“Sabemos que as dificuldades s?o muitas e os desafios s?o enormes. E precisamos contar com o apoio total da populaç?o. É nosso papel manter a populaç?o bem informada”, destacou Paulo Butzge.
O presidente da Amvarp lembrou que o momento atual é de conscientizaç?o para que a situaç?o n?o se agrave ainda mais.
“Estamos essencialmente preocupados com a imin?ncia ou a possibilidade de que, havendo algum tipo de agravamento, venhamos a passar para uma bandeira ainda pior. Se por um lado nós temos sim a quest?o da terrível pandemia, por outro lado temos a consequ?ncia, que é o agravamento econômico. Imaginem as consequ?ncias terríveis para o comércio, para a populaç?o, para cada um de nós. O comprometimento das pessoas é que fará a total diferença”, observou.
Para o presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, todos os cidad?os, inclusive os de fora dos chamados “grupos de risco”, que inclui idosos e pessoas que possuem outras comorbidades, precisam se comprometer com a situaç?o. Ele lembrou que ainda existem aglomeraç?es nas cidades, e que os prefeitos da regi?o t?m de lidar com pedidos de flexibilizaç?o que, no momento, n?o s?o possíveis, como os eventos sociais ou esportivos.
O prefeito de Pantano Grande destacou também que, caso a situaç?o se agrave ainda mais, e o Vale do Rio Pardo alcance uma bandeira vermelha ou preta, a populaç?o irá sentir os efeitos da pandemia de forma ainda mais grave, com restriç?es ainda maiores para o comércio e indústria. Ele citou a produç?o de fumo do Vale do Rio Pardo, que representa cerca de 60% do tabaco produzido no Sul do País.
Apesar disso, o gestor lembra que o aumento com os cuidados pode gerar resultados positivos. “É importante que cada um faça a sua parte. Se cada um fizer seu dever de casa, nós temos grande chance inclusive de melhorar a nossa classificaç?o, e passar para a bandeira amarela”.
Segundo o decreto do governo gaúcho, caso a regi?o passe ? bandeira vermelha, os estabelecimentos que vendem itens essenciais podem estar abertos, mantendo 50% dos trabalhadores. Os demais locais de comércio devem ficar fechados, assim como academias e igrejas, entre outras restriç?es. Na bandeira amarela, a restriç?o é de 75%.
Segundo a coordenadora da 13? Coordenadora Regional de Saúde, o aumento nas internaç?es por Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi o que levou o Vale do Rio Pardo ? bandeira laranja. Ela destacou que o número de casos da doença na regi?o está aumentando, e que até ?s 13h30 desta segunda-feira, 22 de junho, haviam 418 casos confirmados de coronavírus no Vale do Rio Pardo.
Após questionado pela imprensa, o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, ressaltou que a associaç?o sempre trabalha em conjunto para elencar medidas contra o avanço da doença. Sobre possíveis medidas de fiscalizaç?o de aglomeraç?es em vias públicas, Butzge afirmou que ainda esta semana a Amvarp irá fazer reuni?es virtuais entre os gestores para tratar do assunto.
Já o presidente do Cisvale frisou que os prefeitos s?o obrigados a seguir a Constituiç?o, e a possibilidade de aplicaç?es de multas para quem descumprir as regras é real, seja para o cidad?o comum ou para os segmentos do comércio, indústria e serviços.
A coordenadora da 13? CRE, Mariluci Reis, aproveitou para ressaltar que a multa pode ser alta para quem descumprir as regras, mas que o momento é de compreens?o da populaç?o: “A verdade é que a doença para uns é muito tranquila, mas pra outras pessoas que tenham comorbidades, talvez a ‘multa’ seja a vida”.
Os gestores finalizaram a “live” pedindo a colaboraç?o de todos, ressaltando a importância do distanciamento social e do uso de equipamentos de proteç?o como máscaras e álcool em gel.
Créditos: Tiago Rech
Assessoria de Imprensa Amvarp e Cisvale