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Surpreso, Rigotto chora e relata \"jogo pesado\"
02 de Outubro de 2006

Com lágrimas nos olhos e visivelmente abalado com a derrota nas urnas, o governador Germano Rigotto (PMDB) afirmou, no fim da noite deste domingo, que houve um "jogo pesado" nas últimas horas de campanha para prejudicá-lo. O candidato à reeleição relatou que se criou a idéia de afastar um candidato do segundo turno (Olívio Dutra, do PT), o que resultou na transferência de seus votos para a candidata Yeda Crusius (PSDB).

\"\""Isso acabou me atingindo sem ter nada a ver com a história", disse Rigotto, no comitê central da Coligação União pelo Rio Grande (PMDB, PTB e PMN), na avenida Brasil, em Porto Alegre. Pelo fato de liderar as pesquisas ao longo da campanha, Rigotto disse que "este resultado me surpreende". No Rio Grande do Sul, o segundo turno será realizado entre Yeda e Olívio.

O governador avaliou que Yeda também foi beneficiada por ter um forte candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB). "O PMDB paga um preço altíssimo por não ter candidato à presidente, mas deixo a avaliação para analistas políticos, cientistas e jornalistas".

Rigotto disse que deixará a cargo do partido a decisão sobre apoiar ou não determinado candidato. "Só cabe agora acatar o resultado das urnas e desejar a quem vai para o segundo turno que faça uma campanha de alto nível. No governo, que não venham com ilusão achando de que, com uma varinha mágica, mudarão um quadro que já vem de 30 anos", afirmou. A intenção de Rigotto é se dedicar exclusivamente ao governo e, a partir de 1º de janeiro, voltar-se à família.

Com a voz embargada e chorando, Rigotto declarou que a maior tristeza é não dar a vitória a quem esteve ao seu lado durante a campanha e aos mais de 1,7 milhão de eleitores que acreditaram votando nele. "Neste momento, o importante é ter a certeza do dever cumprido. Com o tempo vão reconhecer o trabalho feito", afirmou.








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