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Produção de alimentos precisa aumentar 60% no Brasil e no Mundo ate 2050
02 de Dezembro de 2016

Produção  de alimentos precisa aumentar 60% no Brasil e no Mundo ate 2050

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que o número mundial de habitantes vá superar os 9 bilhões em 2050. Segundo o órgão internacional, a produção mundial de alimentos precisaria aumentar em 60% para assegurar o equilíbrio da segurança alimentar.

 

Transcrevemos algumas afirmações de representantes da FAO em eventos recentes:
“Precisamos ver resposta para esse problema, às  mudanças climáticas impactam a produção, a população cresce e o impacto deste crescimento se amplia. Precisamos de uma agricultura mais adaptativa, diferente, que seja sustentável, ambientalmente amigável e essa agricultura precisa de muita pesquisa. Precisamos de mais variedades de alimentos que aguentem as variações de precipitação, de calor, de frio, problemas de enchentes. Uma agricultura adaptativa a essas mudanças climáticas é essencial neste momento”. Para  a FAO, cultivar alimentos de forma sustentável significa adotar práticas que produzam mais com menos insumos na mesma área e usem recursos naturais com sabedoria. Significa, também, reduzir o desperdício, com melhor colheita, armazenagem, embalagem, transporte, infraestrutura e comércio.

 

Mesmo com uma produção eficiente, a FAO defende políticas públicas que facilitem o acesso dos mais pobres ao alimento. “Você pode produzir na quantidade suficiente, mas pode não ter acesso, ou seja, pode não ter segurança alimentar para todos. É importante ter equilíbrio entre acesso e produção no contexto nas mudanças climáticas”,

 

No Brasil, cerca de 3% da população vive em situação de vulnerabilidade alimentar. “O Brasil saiu do mapa da fome em 2014 por causa de políticas públicas que facilitaram o acesso aos alimentos, principalmente alimentação escolar, que é uma chave para acesso, mas também transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar, o apoio à população da região semiárida com cisternas e carros-pipa”.

 

A seca fez com que o Nordeste do Brasil perdesse 50% de sua produção nos últimos cinco anos, se comparado com os cinco anteriores, e este dado mostra o quadro ainda vulnerável dos agricultores  daquela  região. Mas não só lá, também no Sul  ocorreram  perdas consideráveis com estiagens e enxurradas em períodos recentes.
Com esta síntese a FAO nos provoca refletir sobre nossas ações futuras.

 

Entendemos que Desenvolvimento Rural se dá com a ampliação de  políticas públicas, jamais com recuos.  Hoje a principal pauta  é  acesso à energia e a inovações tecnológicas. Mas políticas de seguridade social (saúde e previdência)são essenciais para dar tranquilidade aos agricultores e incentivar a  recuperação das perdas e dar segurança mínima para seguirem na produção.

 

Articular políticas de  apoio a diversificação de rendas, ampliar o apoio a permanência de jovens no campo, preservar  e recuperar mananciais de águas são tarefas urgentes que assumimos como metas,    visto que  hoje menos 20 % da população brasileira  ainda vive no meio rural, e depende destes a nossa segurança alimentar.

 

Em Candelária a população rural representa  mais de 45% da população, temos microclimas diversos, dois rios e diversos arroios, riachos e sangas, bem como uma razoável cobertura das encostas e morros que são verdadeiras caixas de retenção de águas, mas  nas últimas décadas com o uso intensivo dos solos e ampliação do uso de adubos químicos e agrotóxicos, e o avanço das lavouras e pastagens rumo as margens dos mananciais , estes sofreram uma forte degradação, inclusive apontando para a possibilidade de vários de nossos arroios e rios deixarem de ser perenes em menos de meio século. As calhas dos rios e arroios estão assoreadas e assim diminuíram drasticamente sua capacidade de retenção de águas e consequentemente registram-se efeitos como rápidas inundações ribeirinhas e nos  períodos de estio, a  suspensão do fluxo visível de água nas calhas dos arroios e rios.

 

O quadro atual é alarmante, precisamos  recuperar a quantidade da  água para que tenhamos possibilidade de investir na produção de alimentos e recuperar a qualidade é essencial para o abastecimento da população urbana.  Estamos gestando um amplo programa de proteção das águas com apoio aos agricultores com Pagamentos por Serviços Ambientais e pretendemos incrementar o  apoio ao Desenvolvimento Rural.

 

O desafio de produzir alimentos é amplo, temos as condições para tal, gente disposta, solos férteis, proximidade de grandes centros urbanos, mananciais de água e vontade política local, contamos com apoio de todos,  mãos a  obra.

 

Paulo Roberto  Butzge – Empresário, advogado e  Prefeito reeleito de Candelária

Albino Gewehr – Técnico Agrícola  e assessor 








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